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Segundo dermatologistas, as atualizações necessárias atingem pontos como liberdade de prescrição, diagnóstico correto na atenção básica e acesso mais rápido ao tratamento especializado

Na reunião de trabalho da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Doenças Crônicas de Pele, realizada nesta quinta-feira (11) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, dermatologistas sugeriram revisões nos protocolos clínicos do Sistema Único de Saúde (SUS) que estabelecem os critérios de diagnóstico da psoríase – enfermidade sem cura caracterizada por manchas vermelhas e descamações na pele.

Os especialistas chamaram a atenção, principalmente, para a liberdade de prescrição. Eles exemplificaram que há medicamentos aprovados em âmbito nacional pelo SUS que servem para o tratamento da psoríase, mas que não podem ser receitados porque estão restritos aos protocolos clínicos de outras doenças.

“Quando penso na equidade do SUS e na igualdade de acesso, tenho um brasileiro com uma doença que não está contemplada [nos protocolos clínicos] e outro com uma que está”, alertou o dermatologista Wagner Galvão, ao recordar outras doenças raras como a psoríase pustulosa generalizada e a hidradenite supurativa.

A dermatologista Aline Okita acrescentou que pacientes graves de doenças cutâneas, como a dermatite atópica, enfrentam barreiras econômicas para o tratamento continuado devido à dificuldade de acesso a remédios de alto custo ainda não incorporados pelo SUS.

Outras considerações feitas na reunião, pelas dermatologistas María Victoria Suárez e Luiza Keiko, apontaram para o diagnóstico correto das doenças de pele na atenção básica, aperfeiçoamento da regulação médica e acesso mais rápido ao tratamento especializado.

Após as sugestões dos especialistas, o deputado Mauro Bragato (PSDB), que coordena a Frente na Alesp, informou que, até agosto, deverá ser criada uma proposta com a “construção de uma saída para o estado de São Paulo” com base nas ideias trazidas pelas autoridades médicas e lideranças institucionais.

“Vamos formar um grupo e apresentar uma proposta no segundo semestre. A partir daí a gente começa a trabalhar a relação com o Governo estadual”, adiantou Bragato.

O encontro contou, ainda, com a presença da nutricionista Fernanda Katsuragi, que palestrou sobre alergias alimentares e pele. Também estiveram presentes a presidente da Associação Psoríase Brasil, Gládis Lima, e a coordenadora do Grupo Estadual de Doenças Crônicas, Sonia Freire.

Assista à reunião, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp: Frente Parlamentar atua em defesa das pessoas com psoríase e doenças crônicas de pele (youtube.com) 

Fonte: Alesp/São Paulo

Crédito foto: Carol Jacob

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