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Por que 05 de junho importa

Criado pela ONU em 1972, o Dia Mundial do Meio Ambiente mobiliza hoje mais de 150 países. A edição de 2025 volta-se para a urgência de acabar com a poluição plástica, convocando governos, empresas e cidadãos a “recusar, reduzir, reutilizar, reciclar e repensar” o uso de plástico sob o lema global #BeatPlasticPollution (#AcabeComAPoluiçãoPlástica). A data chega a exatamente dois meses da rodada decisiva de negociações do tratado internacional para pôr fim a esse tipo de poluição.

O compromisso Guarani conduzido pelo IECAM

No Rio Grande do Sul, o IECAM – Instituto de Estudos Culturais e Ambientais – responde ao chamado da ONU por meio do Projeto Ar, Água e Terra, ativo em dez aldeias Mbyá Guarani distribuídas por dez municípios.

Plástico fora, sementes dentro

Em sintonia com o eixo temático deste ano, o Projeto promove mutirões de coleta de embalagens plásticas nas aldeias – com destaque para a aldeia Anhetenguá, em Porto Alegre – transformando parte do material em recipientes de mudas nos viveiros-estufa.

A prática alia manejo de resíduos, educação ambiental e expansão do viveirismo, criando um ciclo virtuoso em que o plástico descartado vira floresta nascente.

Do local ao global

O IECAM registrou duas ações junto à ONU para o Dia do Meio Ambiente 2025Semeando e Plantando com os Guarani e Ar, Água e Mata, Saúde da Terra – no mapa oficial do Dia Mundial do Meio Ambiente, que já reúne 2.787 eventos em todo o planeta.

A presença do Projeto Ar, Água e Terra na ação promovida pela ONU reforça que soluções de base comunitária, enraizadas em saberes ancestrais, conversam diretamente com a agenda internacional de mudança sistêmica.

Quando cultura e natureza caminham juntas, a terra volta a respirar, as águas correm mais limpas e o plástico encontra seu destino adequado: fora dos ecossistemas, dentro das soluções.

O chamado neste 05 de junho é claro:

  • Repense seu consumo de plástico – escolha, sempre que possível, alternativas reutilizáveis.
  • Apoie projetos de restauração como o Ar, Água e Terra, capazes de devolver biodiversidade e dignidade aos territórios indígenas.
  • Divulgue a campanha #BeatPlasticPollution (#AcabeComAPoluiçãoPlástica). nas redes e nas conversas – cada história inspira outra transformação.

 

Alguns resultados do Projeto Ar, Água e Terra

O projeto protege mais de 3 mil hectares dos biomas Mata Atlântica e Pampa, já plantou 30 mil mudas de 100 espécies nativas, recuperou 10 hectares degradados, reconverteu 5 hectares produtivos e realizou 150 ações de educação etnoambiental, sempre com protagonismo indígena.

Além de restaurar ecossistemas, a iniciativa reduziu 7.665,8 tCO-e em emissões de gases de efeito estufa, reforçando que regenerar as florestas também significa estabilizar o clima.

 

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