Recebidos pela diretora criativa da St. Trois, Gabriela Trois, na Maison da marca, na capital gaúcha, o executivo de moda Carlos Fernando Belmonte, gaúcho, vivendo há 28 anos em Nova York, onde construiu sua carreira no universo fashion, e a professora e pesquisadora de moda Renata Fratton, como mediadora, protagonizaram um bate-papo sobre moda e luxo no Brasil e no mundo. O evento, idealizado pelo publicitário Duddu Vanoni, abordou, entre outras questões, que com a ascensão dos influencers, os editores de moda perderam poderes, as revistas são adquiridas por poucos e todos veem o que é moda ao mesmo tempo em que o desfile está acontecendo nas passarelas internacionais, e, às vezes, até antes. Pois, com o novo modelo de sociedade, tornou-se importante dar acesso antecipadamente aos formadores de opinião às coleções. Ele observou que a rapidez desse mercado reflete não só essa mudança comportamental, mas de sociedade e de comércio. Se marcas conceituadas não fizerem rápido, as grandes varejistas de moda farão, e até melhor e com valores mais baixos.
O executivo, que foi vice-presidente senior de Produto da Calvin Klein Global, e atuou em grandes marcas como Sies Marjan, Halston, Coach e Heron Preston, comentou sobre a moda, que tradicionalmente era um domínio da Europa, Ásia e América do Norte, e hoje busca cada vez mais se expandir para outros continentes, globalizando o segmento, com influência de diferentes culturas e regiões. Belmonte também destacou que a compra atualmente se dá muito pelo desejo de algo diferente. Por isso, trazer inovações o tempo inteiro acaba sendo fundamental. Além disso, enfatizou ainda que a moda de luxo se dedica hoje aos bilionários, que têm um enorme poder de consumo e, por isso, querem muitas novidades.
Crédito fotos: Cintia Bracht