Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Liderar é apenas uma das competências que três mulheres de diferentes áreas têm em comum. Em evento promovido pelo Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), ficou evidente a conexão entre elas, especialmente no que diz respeito à verdade, solidariedade e ao vínculo humano que deve sempre estar presente nas relações. As convidadas para o bate-papo foram a oncologista, médica de mama, vice-presidente e diretora médica da American Society Clinical Oncology (ASCO), Dra. Julie Gralow, a desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça do RS, Iris Helena Medeiros Nogueira, e a relações públicas e presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Suzy Vellinho. A mediação do evento foi feita pela empresária e comunicadora, Patti Leivas.

Em sua jornada como médica nos Estados Unidos, a Dra. Julie Gralow ajudou alguns grupos de mulheres, pacientes com câncer, que não ficavam à vontade para ser atendidas por médicos homens, principalmente após o tratamento. Durante 25 anos liderou um programa de apoio às mulheres com câncer de mama, que também se estendeu até a África, em Uganda. Em 1995, em Seatle, criou um grupo de sobreviventes do câncer e começou a promover atividades físicas, nutricionais. “Este grupo se apoiava muito, trocava informações, muitas convivem até hoje. Tenho uma voz ativa e temos que fazer valer a pena nossa posição de líderes”, salientou.

No Rio Grande do Sul, duas líderes de entidades representativas, não só no Estado como no Brasil, também relataram suas experiências. A desembargadora, presidente do Tribunal de Justiça do RS e primeira mulher e negra eleita para presidir a instituição em 148 anos, Iris Helena Medeiros Nogueira, disse que, “se alguma vez sofri discriminação, não percebi”. Mesmo a magistratura sendo um trabalho mais distante, Iris lembrou que sempre buscou estar mais próxima das pessoas. “Gosto de gente e sempre procuro deixar a pessoa confortável. Jamais vou tratá-la apenas como um número”, afirmou. A desembargadora ainda lembrou que a entidade tem um projeto chamado judiciário solidário, justamente para dar este trato mais humano. “Todas nós estamos juntas, não estamos sós e não podemos esquecer daquelas que vieram antes de nós”, finalizou.

Já a relações públicas e presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Suzy Vellinho, também primeira mulher a conduzir a entidade em 164 anos, afirmou que está fazendo um trabalho de inclusão, mesmo enfrentando algumas atitudes machistas. “Às vezes tem alguma fala em reunião, uma mensagem no WhatsApp, mas meu propósito é maior, então faço que não vejo”, contou. A profissional destacou que as pessoas devem ir atrás do coração, pois ele não dribla ninguém, quem faz isso é o ego. Colocou que seguir em frente e ir atrás do sonho é um de seus pilares de atuação. “O ser humano tem que ser generoso, honesto, leve. Não podemos deixar que a falta de coragem estrague nossos sonhos”, salientou.

Crédito foto: Eduardo Nichele – DICOM/TJRS

Identificação foto: da esq. para dir., Suzy Vellinho, Iris Helena Medeiros Nogueira, Maira Caleffi e Julie Gralow

 

Leia Também